segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A INTEIREZA DA VIDA





Ninguém vive pela metade.

O espaço de vida de cada um é o que cada qual tem de inteiro.

Se dura vinte ou cinquenta anos, não faz diferença.

O que conta é que uma vida é uma vida.

Não existe meio amor, meia felicidade, meia saudade.

Todo sentimento por si só é inteiro, ou a gente é feliz ou não é.
Ou ama, ou não ama.
Ou quer, ou não quer.

Quando amamos, dúvida não existe.
Se queremos realmente, dúvida não existe.
Se somos felizes... Cadê o espaço para infelicidade, se a felicidade toma conta de tudo?

Então, se você se sente nesse meio caminho, talvez seja o momento de parar e refletir um pouco na sua existência.

A vida é inteira, mas não temos a vida inteira para decidirmos vivê-la intensamente.

Temos o agora.

Há quem diga que pelo fato de ser jovem ainda tem tempo, mas quem, além de Deus, sabe dizer a medida da vida de cada um?

Perdemos preciosos minutos no nosso hoje com a ideia que amanhã as coisas acontecerão e que podemos esperar.

Quando começamos a medir e pesar nossos sentimentos, não vamos a lugar nenhum.

Haverá sempre uma luta cerrada entre o coração que quer viver e a razão que mede consequências.

Medindo dificuldades, não fazemos nada.
Se devemos medir alguma coisa, devem ser, então, as possibilidades.
Aí sim, estamos no caminho certo.

Para os pessimistas uma pedra é um estorvo.
Para os otimistas é um pedacinho do alicerce da própria vida.
O segredo está no olhar com que cada um vê as situações.

Só enfrentando os medos e o desconhecido é que conseguiremos viver de forma inteira essa vida que se oferece a nós em pedaços.

Ninguém disse que não há riscos, mas não é melhor arriscar do que viver o restante dos nossos dias na infelicidade de se perguntar o que teria sido se tivéssemos tentado?

Quando fizer alguma coisa, faça com inteireza de coração.

Ame totalmente, ria totalmente, faça de tudo um todo.

A vida é bela demais para ser deixada em suspenso.

O amor é bom demais para que possamos vivê-lo em pequenas partes, sem que o tornemos real e possível.

Tente viver com a metade do seu coração e veja se consegue.
Difícil ser feliz sem ser completo.
Impossível ser completo parado num caminho de indecisões.
O coração talvez seja o melhor conselheiro, mas é o que nos mantém vivos e que está sempre junto, sempre ligado a nós.

Deixe, pelo menos uma vez, que ele fale mais alto.

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