“Tem gente que sonha com realizações importantes, e há
quem vai lá e realiza”.
George Bernard
Shaw
A CULTURA DO
MEDO
Em nossa cultura
tendemos a aprender a evitar ao máximo a hipótese de correr riscos, de enfrentar
o desconhecido. Aprendemos a pensar duas ou mais vezes, a ter muita cautela, a
não falar com estranhos, a buscar garantias e segurança, e assim por
diante.De certa forma
aprendemos que o mundo é um lugar muito inseguro e difícil de viver, e se você
não se cuidar poderá pagar um preço muito alto por assumir algum
risco.
Certamente existem
vantagens em pensar duas vezes antes de agir, como também em tomar precauções
contra perigos reais, o problema é que muitas vezes passamos a agir somente
quando temos toda a certeza de que não corremos nenhum risco, e por causa disto
deixamos de arriscar e de crescer.
Que existem perigos e
problemas nem se discute, mas precisamos separar muito aquilo que é real,
daquilo que é um exagero da nossa parte, ou seja, aquilo que existe somente em
nossa imaginação, ou no imaginário das outras pessoas.
O MAIOR PROBLEMA
DE SENTIR MEDO
O maior problema
de sentir medo é que o medo tende a gerar a dificuldade de tomar uma atitude
positiva, ou seja, gera uma paralisia que impede a pessoa de enfrentar aquilo
que teme. Quanto maior for o medo tanto maior será a paralisia por ele
produzida, e a tendência é que quanto mais se adia enfrentar aquilo que tememos,
tão mais forte ele se torna.
Se pensarmos demais sobre o
que tememos, ficamos criando fantasmas imaginários que sugam a nossa energia
para agir, bem como outros sentimentos negativos decorrentes da não ação, tais
como sentimento de baixa estima, inferioridade, ressentimento, culpa, ansiedade,
etc.
MEDO DA OPINIÃO ALHEIA
Muitos medos são medos relacionados a crenças de que
"o-que-os-outros-pensam-tem-mais-valor-do-que-o-que-nós-pensamos", ou que
"os-outros-tem-mais-importância-que-nós-mesmos". Isto gera medo do tipo "o que é
que vão pensar de mim?", "vão dizer que sou louco", "se fizer isto vão deixar de
me aceitar", "vou fazer papel de palhaço", e outros mais. São medo que nos
impedem de manifestar a nossa opinião, de falar com nosso chefe, de convidar
alguém interessante para sair, de se manifestar e falar em público, de puxar uma
conversa com um desconhecido, etc.
São medos fortes que nos
fazem ficar imobilizados. Se por um lado nossos medos nos protegem de eventuais
sofrimentos emocionais, por outro lado nos afastam de grandes oportunidades de
melhorar nossa vida pessoal e profissional.
Medos de expor nossos
sentimentos, nossas fraquezas, idéias e nosso passado. Sentimentos constantes
que nos levam a não agir, e que gradativamente vão nos tornando mais tímidos e
inseguros, e com uma auto-estima cada vez mais baixa.
Estes medos são inculcados
no decorrer da infância e da juventude, e tendem a perpetuar durante toda a
vida, com maior ou menor intensidade. Felizes são aqueles que aprendem a
superá-los, deixando de dar tanto valor a opinião dos outros e passando a se
respeitar e se valorizar.
Agindo assim, sabendo
valorizar e respeitar nossos sentimentos e opiniões, também passamos a aumentar
nossa auto-estima. O importante é manter o equilíbrio de se valorizar
interiormente, ao mesmo tempo em que se consegue valorizar e manter bons
relacionamentos com as demais pessoas, pois uma pessoa equilibrada sabe que tem
valor, e ao mesmo tempo consegue dar atenção e respeito para aos demais. Isto é
auto-estima, amor-próprio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário