por Bruno Krug
“Tem gente que sonha com
realizações importantes, e há quem vai lá e
realiza”.
George Bernard
Shaw
A CULTURA DO MEDO
Em nossa cultura tendemos a
aprender a evitar ao máximo a hipótese de correr riscos, de enfrentar o
desconhecido. Aprendemos a pensar duas ou mais vezes, a ter muita cautela, a não
falar com estranhos, a buscar garantias e segurança, e assim por
diante.De certa forma
aprendemos que o mundo é um lugar muito inseguro e difícil de viver, e se você
não se cuidar poderá pagar um preço muito alto por assumir algum
risco.
Certamente existem vantagens em
pensar duas vezes antes de agir, como também em tomar precauções contra perigos
reais, o problema é que muitas vezes passamos a agir somente quando temos toda a
certeza de que não corremos nenhum risco, e por causa disto deixamos de arriscar
e de crescer.
Que existem perigos e problemas nem
se discute, mas precisamos separar muito aquilo que é real, daquilo que é um
exagero da nossa parte, ou seja, aquilo que existe somente em nossa imaginação,
ou no imaginário das outras pessoas.
O MAIOR PROBLEMA DE SENTIR
MEDO
O maior problema de sentir medo é
que o medo tende a gerar a dificuldade de tomar uma atitude positiva, ou seja,
gera uma paralisia que impede a pessoa de enfrentar aquilo que teme. Quanto
maior for o medo tanto maior será a paralisia por ele produzida, e a tendência é
que quanto mais se adia enfrentar aquilo que tememos, tão mais forte ele se
torna.
Se pensarmos demais sobre o que
tememos, ficamos criando fantasmas imaginários que sugam a nossa energia para
agir, bem como outros sentimentos negativos decorrentes da não ação, tais como
sentimento de baixa estima, inferioridade, ressentimento, culpa, ansiedade, etc.
MEDO DA OPINIÃO ALHEIA
Muitos medos são medos relacionados
a crenças de que
"o-que-os-outros-pensam-tem-mais-valor-do-que-o-que-nós-pensamos", ou que
"os-outros-tem-mais-importância-que-nós-mesmos". Isto gera medo do tipo "o que é
que vão pensar de mim?", "vão dizer que sou louco", "se fizer isto vão deixar de
me aceitar", "vou fazer papel de palhaço", e outros mais. São medo que nos
impedem de manifestar a nossa opinião, de falar com nosso chefe, de convidar
alguém interessante para sair, de se manifestar e falar em público, de puxar uma
conversa com um desconhecido, etc.
São medos fortes que nos fazem
ficar imobilizados. Se por um lado nossos medos nos protegem de eventuais
sofrimentos emocionais, por outro lado nos afastam de grandes oportunidades de
melhorar nossa vida pessoal e profissional.
Medos de expor nossos sentimentos,
nossas fraquezas, idéias e nosso passado. Sentimentos constantes que nos levam a
não agir, e que gradativamente vão nos tornando mais tímidos e inseguros, e com
uma auto-estima cada vez mais baixa.
Estes medos são inculcados no
decorrer da infância e da juventude, e tendem a perpetuar durante toda a vida,
com maior ou menor intensidade. Felizes são aqueles que aprendem a superá-los,
deixando de dar tanto valor a opinião dos outros e passando a se respeitar e se
valorizar.
Agindo assim, sabendo valorizar e
respeitar nossos sentimentos e opiniões, também passamos a aumentar nossa
auto-estima. O importante é manter o equilíbrio de se valorizar interiormente,
ao mesmo tempo em que se consegue valorizar e manter bons relacionamentos com as
demais pessoas, pois uma pessoa equilibrada sabe que tem valor, e ao mesmo tempo
consegue dar atenção e respeito para aos demais. Isto é auto-estima,
amor-próprio.
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