sábado, 26 de maio de 2012

O medo - nosso maior inimigo


por Bruno Krug
“Tem gente que sonha com realizações importantes, e há quem vai lá e realiza”.
George Bernard Shaw

A CULTURA DO MEDO
Em nossa cultura tendemos a aprender a evitar ao máximo a hipótese de correr riscos, de enfrentar o desconhecido. Aprendemos a pensar duas ou mais vezes, a ter muita cautela, a não falar com estranhos, a buscar garantias e segurança, e assim por diante.De certa forma aprendemos que o mundo é um lugar muito inseguro e difícil de viver, e se você não se cuidar poderá pagar um preço muito alto por assumir algum risco.
Certamente existem vantagens em pensar duas vezes antes de agir, como também em tomar precauções contra perigos reais, o problema é que muitas vezes passamos a agir somente quando temos toda a certeza de que não corremos nenhum risco, e por causa disto deixamos de arriscar e de crescer.
Que existem perigos e problemas nem se discute, mas precisamos separar muito aquilo que é real, daquilo que é um exagero da nossa parte, ou seja, aquilo que existe somente em nossa imaginação, ou no imaginário das outras pessoas.

O MAIOR PROBLEMA DE SENTIR MEDO
O maior problema de sentir medo é que o medo tende a gerar a dificuldade de tomar uma atitude positiva, ou seja, gera uma paralisia que impede a pessoa de enfrentar aquilo que teme. Quanto maior for o medo tanto maior será a paralisia por ele produzida, e a tendência é que quanto mais se adia enfrentar aquilo que tememos, tão mais forte ele se torna.
Se pensarmos demais sobre o que tememos, ficamos criando fantasmas imaginários que sugam a nossa energia para agir, bem como outros sentimentos negativos decorrentes da não ação, tais como sentimento de baixa estima, inferioridade, ressentimento, culpa, ansiedade, etc.

MEDO DA OPINIÃO ALHEIA
Muitos medos são medos relacionados a crenças de que "o-que-os-outros-pensam-tem-mais-valor-do-que-o-que-nós-pensamos", ou que "os-outros-tem-mais-importância-que-nós-mesmos". Isto gera medo do tipo "o que é que vão pensar de mim?", "vão dizer que sou louco", "se fizer isto vão deixar de me aceitar", "vou fazer papel de palhaço", e outros mais. São medo que nos impedem de manifestar a nossa opinião, de falar com nosso chefe, de convidar alguém interessante para sair, de se manifestar e falar em público, de puxar uma conversa com um desconhecido, etc.
São medos fortes que nos fazem ficar imobilizados. Se por um lado nossos medos nos protegem de eventuais sofrimentos emocionais, por outro lado nos afastam de grandes oportunidades de melhorar nossa vida pessoal e profissional.
Medos de expor nossos sentimentos, nossas fraquezas, idéias e nosso passado. Sentimentos constantes que nos levam a não agir, e que gradativamente vão nos tornando mais tímidos e inseguros, e com uma auto-estima cada vez mais baixa.
Estes medos são inculcados no decorrer da infância e da juventude, e tendem a perpetuar durante toda a vida, com maior ou menor intensidade. Felizes são aqueles que aprendem a superá-los, deixando de dar tanto valor a opinião dos outros e passando a se respeitar e se valorizar.
Agindo assim, sabendo valorizar e respeitar nossos sentimentos e opiniões, também passamos a aumentar nossa auto-estima. O importante é manter o equilíbrio de se valorizar interiormente, ao mesmo tempo em que se consegue valorizar e manter bons relacionamentos com as demais pessoas, pois uma pessoa equilibrada sabe que tem valor, e ao mesmo tempo consegue dar atenção e respeito para aos demais. Isto é auto-estima, amor-próprio.

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